quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Emilie Atun

{ EMILIE AUTUMN }

Ouça enquanto lê! :)
 Estamos em 1822, num asilo psiquiátrico afastado da cidade de Londres. As
detentas, W14A e suas companheiras Bloody Crumpets, passaram anos sendo trancadas em celas, servindo como experimento para os médicos, que diariamente as tratavam de modo desumano. Mas, certo dia, elas se revoltaram contra eles, que sofreram as devidas consequências num dia muito sangrento. Agora que elas dominaram o Asilo e recuperaram sua liberdade física e mental (será?) aproveitam para se reunir às 4 horas, afinal é hora do chá.
Parece filme do Tim Burton, mas é roteiro do show burlesco circense musical, liderado pela cantora e violinista Emilie Autumn em turnê do seu último album, "Opheliac". Mas, apesar dos figurinos, cenários e todo contexto vitoriano, essa história é mais real do que vcs imaginam.



Em 1979, na cidade de Malibu - Califórnia, nasceu Emilie Autumn Lidell. Aos 5 anos ela pediu um violino a mãe e desde então praticou diariamente. Quando cresceu, resolveu ligar seu instrumento favorito num amplificador de guitarra e mixar suas músicas com sintetizadores, tudo isso vestida com coturnos e asas de fadas. Nasceu aí o álbum "Enchanted", em 2003.
{ ENCHANTED }

Dona de um som único e anárquico, Emilie foi chamada para tocar seu violino ao lado de artistas como Courney Love (Hole) em 2004 (assista aqui) e Billy Corgan (Smashing Pumpkins) em 2006 (assista aqui). Apesar de isso ser algo legal de comentar, a própria Emilie não curtiu muito essas parceria, já que disse numa entrevista pro site Vampire Freaks que foi uma perda de tempo ajudar os dois, sendo que poderia ter se dedicado à sua própria carreira musical.
{ COM COURTNEY LOVE }

Foi nessa época que eu descobri a EA, que a até então era apenas uma blogueira de livejournal com quem eu me identifiquei. É só ver o tipo de foto que ela postava na época pra sacar o porque! :)
{ FOTO PUBLICADA NO LIVEJOURNAL EM 2005 }

Em 2006 Emilie lançou seu segundo álbum, "Opheliac" (Ophelia é uma personagem da obra Hamlet de Shakespeare, que enlouquece e se afoga). Basicamente as músicas falam de suicídio, sofrimento, desilusões e ao mesmo tempo sobre lutar por si mesma sem medo... Os assuntos podem parecer pesados, mas são um reflexo da vida super conturbada da cantora, que teve que superar coisas bem difíceis como ausência dos pais, estupro na adolecência, aborto e bipolaridade. Qualquer um surtaria com essa lista! E com ela não foi muito diferente. Após uma tentativa de suicídio, seu médico a aconselhou a se internar num asilo psiquiátrico, e desse período de internação rendeu não só o livro "Asylum for Wayward Victorian Girls" mas também o álbum "Opheliac". Aliás, Emilie costuma fazer sessões de leitura em voz alta de trechos do livro para seus fãs.
{ THE ASYLUM FOR WAYWARD VICTORIAN GIRLS }

{ EMILIE FAZENDO UMA DE SUAS LEITURAS }

O livro é uma parte integrante do show e é essencial para quem quer entender a apresentação burlesca e gótica que Emilie faz com suas companheiras de palco, a quem ela chama carinhosamente de "Bloody Crumpets" (Crumpets são pães doces ingleses e Bloody significa sangrento em inglês). O livro descreve a ida de Emilie ao horrível Asilo e paralelamente conta a história de uma jovem vitoriana que é quase sua xará (Emily, com "y") e que acaba num asilo para garotas onde acontecem coisas ainda mais horríveis do que as que a cantora viveu. Aos poucos vão surgindo na história referências ao que está nas letras das músicas de "Opheliac" e no show, como o rato Sir Edward, a Bloody Crumpet Naughty Veronica (Naughty = Malcriada), o urso Suffer (Suffer = Sofrimento), a cadeira de rodas, 4 horas e tudo mais.



{ BLOODY CRUMPETS: }




{ LADY APRELLA }



E realmente é preciso assistir uma apresentação para entender exatamente do que se trata Emilie Autumn (há infinitos videos na internet, graças aos fãs). Ainda mais porque ela acredita que se alguém se dá ao trabalho de ir a um show, não quer simplesmente ouvir as músicas (algo que pode muito bem fazer em casa), por isso EA tenta apresentar algo que pareça mais com um musical da Broadway do que um concerto de Rock. Ela abusa de figurinos, encenações, cenários, suas Bloody Crumpets fazem apresentações circenses, ela tira quase todas as suas peças de roupa ao longo do show e completa com uma boa dose de "lady love" (amor de damas), como ela costuma dizer.



 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Dê sua opnião!!Fale conosco sobre o que vc achou da postagem acima, e por favor naum xinguem. Bjos Curious Girl and Girl Informant.